Escolhendo uma nova TV pra sala

    Fiquei por muito tempo insatisfeito com a qualidade da imagem das TV de tela plana, desde o primeiro modelo que adquiri em 2007, uma LG de 32" HD que tinha a imagem terrível.
    Nesses anos, houve melhorias significativas e os painéis atualmente oferecem uma imagem muito bonita, principalmente as de ambientes claros e cheios de cor.
    Tive vários modelos e marcas, mas no começo sempre buscava os aparelhos mais baratos e a frustração era constante.
    Gostei da calibração original de cores da Sony e Panasonic, mas tive mais modelos da Samsung, que tinha uma relação custo benefício maior.
    O plasma teve relativo sucesso, mas confesso que não fiquei tão satisfeito com os modelos da Samsung e Panasonic, principalmente porque tinham menos brilho e o famigerado defeito de retenção temporária de imagem.
    Finalmente, resolvi gastar um pouco mais e fiquei anos satisfeito com a Samsung JU 7500 de 55", não queria uma tela plana curva, mas foi o que deu pra comprar na época.
    No ano seguinte, troquei a TV do quarto também e a KS7000 de 49" está comigo até hoje.
    A tecnologia LCD segue dominando o mercado, mas traz um problema persistente e difícil de resolver, o vazamento de luz.
    Isso é facilmente explicável ao pensar um pouco no funcionamento das TV, o painel LCD tem pequenos dispositivos que se moldam para produzir as cores, mas não tem iluminação própria como os OLED, assim dependem de luzes posicionadas atrás do painel para isso, o famoso backlight.
    Como o LCD não consegue impedir totalmente a passagem dessa luz, os pretos ficam meio cinzas e pior, dependendo da uniformidade do painel, podem se formar imagens como nuvens na tela escura.
    Infelizmente, ainda hoje não há uma tecnologia perfeita, OLED tem os pretos absolutos e o temor do famigerado burn in, pontos que ficam apagados ou com a cor apagada ou modificada.
    Os preços das TV assim como a maioria dos produtos teve um aumento considerável com a pandemia e as telas OLED estão num valor que não quero pagar atualmente.
    Procurei então uma tela de entrada, ficando as opções restritas para as coreanas LG e Samsung, já que as japonesas Sony e Panasonic abandonaram o País.
    A chinesa TCL parece decidida a conquistar uma parte do mercado, mas confesso que depois da tentativa de usar um monitor espanhol, resolvi não arriscar novamente.
    Não vou listar todos os modelos disponíveis, mas me concentrei nos modelos mais avançados da linha mais básica.
    Os preços da Samsung estavam mais altos, e resolvi testar a LG.
    Encomendei a LG UP 7550 na Fast Shop no dia 12/09, com longo prazo de entrega de 12 dias úteis. O preço de R$ 2.749,00 teve o acréscimo de R$ 39,90 do frete.
    Nisso, vi num grupo de Whatsapp que a Meliuz estava com um cashback de 12% para compras no Submarino, que por sua vez, estava disponibilizando cupons de descontos diversos.
    Assim, o primeiro modelo da linha imediatamente acima da LG, a Nanocell 75, ficou com o preço atrativo e fiz a encomenda no dia 14, com a intenção de cancelar a aquisição da Fast Shop.
    O valor de R$ 3.099,99 ganhou 10% de desconto com o cupom da própria loja, caindo para R$ 2.789,99 e com frete grátis, ou seja, R$ 1,00 a mais que a UP 7550.
    A previsão de entrega pro dia 20, é bem menor que o da Fast que despachou a TV de Alhandra na Paraíba, enquanto o Submarino enviou de Seropédica no Rio de Janeiro, entretanto a entrega da Fast foi bem mais rápida e a outra atrasou bastante, sendo entregue apenas no dia 27.
    No papel, as características são muito semelhantes, sendo o grande diferencial a tecnologia denominada Nanocell pela LG.
    Cada aparelho é diferente, apesar de usar os mesmos componentes, podem existir variações que modifiquem o funcionamento ou causem falhas, como os vazamentos de backlight e o efeito dirty screen mais relatado no modelo Nano, então vou opinar sobre os que recebi.
    Primeira coisa, o novo Web OS é muito pesado e lento em várias situações. Na OLED B9, o sistema traz apenas uma barra horizontal na parte inferior da tela, mas nas novas TVs a barra é acompanhada de várias imagens de filmes e outros programas, que demoram um pouco a carregar e formar o painel de navegação.

    Gostei bastante da imagem da UP7550, o ambiente da sala é bem mais claro que o do quarto, o sol da tarde bate em cheio e há uma janela grande e uma porta com bastante vidro que iluminam bem o espaço.

    A Nano 75 tem o tom um pouco diferente, parece um pouco menos brilhante, mas também ficou muito boa no ambiente claro da sala.


    Ambas ficaram boas no ambiente escuro a noite, mesmo com a luz acesa, é possível ter uma boa experiência assistindo programas mais curtos ou alguns vídeos no Youtube.
    O escuro total salienta a deficiência do vazamento de backlight, tornando imagens com o preto predominante acinzentadas e tirando um bom tanto da climatização do programa.
    Para uso com o Xbox Series X, ambas se deram bem, apesar do painel 4K funcionar apenas em 60Hz, a maioria dos jogos também usa esses parâmetros.
    As TV funcionam em 120 fps na resolução FULL HD, mas a perda da resolução é perceptível.
UP 7550 e o Xbox Series X


Nano75 e o PS5

    Demorei pra testar o sintonizador de TV digital, pois estava sem o cabo da antena externa na sala.
    Bastou a conexão e a configuração para receber as imagens muito boas e sintonizou todos os canais disponíveis na região.

    

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