O fim do mundo

    Os seres humanos são muito estranhos, a obsessão com o fim do mundo é tão antiga quanto o próprio homem.

    Quando criança, ouvia que o mundo acabaria no ano 2000, lembro que pensava, já estaria com 33 anos, totalmente velho e tal...

    O milênio mudou e o mundo seguiu como sempre, então veio a nova data, 2012...

    Novamente nadinha de fim de nada e então, 2020 chegou!

    Não acabou, mas foi um baita susto! Pelo menos para alguns, pois muitos negam que algo tenha realmente acontecido até hoje.

     A ficção tem uma fixação com o fim do mundo e são inúmeras as obras que usam o tema.

    Felizmente, há uma grande variação no conteúdo dessas obras, muitas mostram o ser humano como causador principal do desastre, outras fenômenos naturais, queda de asteróide/cometa, guerra nuclear, epidemias, revolta das máquinas e por ai vai.

    Nesses meses mais recentes, posso citar várias obras que fizeram sucesso no streaming de vídeo:

    - Não olhe para cima, filme da Netflix, com Leo DiCaprio numa sátira feroz ao negacionismo, politicagem, charlatanismo tecnológico e por ai vai. Um cometa vai cair na Terra e extinguir toda a vida. Sadisticamente, a Academia não indicou o ator para a premiação, esse filme é claramente um projeto pessoal que alcançou sucesso, mas como em Titanic, esse afundou antes de navegar no circuito de prêmios.

    - Station Eleven, seriado da HBO Max, uma gripe acaba com 99% da humanidade. Mostra um futuro sem tecnologia, onde as pessoas que sobreviveram formam tribos pequenas e voltam a subsistência básica. É o melhor seriado que assisti nesse ano e apesar de vários furos no roteiro, consegue manter a atenção até o final.

    - Matrix Ressurections, filme da WB disponível na HBO Max, as máquinas se revoltam e querem destruir a humanidade. Para tentar conter a rebelião, os humanos tentam extinguir as fontes de energia, inclusive o sol, criando uma barreira para bloquear a luz solar. As máquinas passam a usar a energia dos seres humanos, transformando as pessoas em baterias vivas, que vivem num mundo fictício chamado de Matrix. O filme original revolucionou o cinema na época, ganhando duas continuações que fechariam a trilogia, inclusive com a morte dos personagens principais. Por isso o título desse quarto filme, que tenta focar na homenagem e faz uma mistura com a biografia da diretora que aceitou produzir essa indesejada sequencia.

    - Peacemaker, seriado da HBO Max, foca na invasão alienígena que quer dominar o planeta e usa o melhor estilo invasores de corpos.

    Voltando ao mundo real, a preocupação quanto a interferência de grandes potências em áreas de conflito como por exemplo, o interesse na Ucrânia pela Rússia e Estados Unidos, traz uma associação imediata com o início da Segunda Guerra Mundial.

    Aparentemente, a situação seguirá com sanções comerciais pelas outras Nações, mas os reflexos pesam no bolso de imediato, pra variar, aqui devido a politica e interesses de poucos, já que teoricamente temos uma auto-suficiência de petróleo e o combustível alternativo renovável, que subiu junto com o fóssil, mantendo a proporção mágica de 70%.

    A pandêmia foi relegada a segundo plano e apesar de continuar com uma quantidade grande de casos e considerável de mortes, já está sendo considerada como superada.

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