The Medium

O lançamento do primeiro jogo exclusivo para o Xbox Series S/X e Windows chegou na semana passada e confesso que estranhei bastante a jogabilidade, mas gostei da estorinha e do clima de suspense que consegue gerar durante a maior parte do tempo.
O Xbox Game Pass Ultimate permite usar o jogo no console e no Windows, instalei em ambos, pois fiquei curioso com relação ao Ray Tracing que não está disponível no Series S.

XBOX Series S

A polêmica começa nas especificações recomendadas para a configuração do computador, iniciando com um I5 6600 e placa de vídeo GTX 1650 Super ou 1060, para rodar em FULL HD, na pré-definição BAIXA e 30 qps.
Percebe-se que desisti de vez da plataforma AMD, semana passada o Ryzen 5 3500X simplesmente não ligou, testei todos os outros componentes e estão normais, a placa-mãe não dá sinal e não me preocupei em tentar arrumar ou descobrir se é ela ou o processador.


Meu interesse era testar o Ray Tracing e percebi que coincidentemente tenho as placas de vídeo mínima e recomendada, mas não os processadores.
O detalhe é que a produtora garante apenas 30 qps em qualquer das situações, como não é um jogo de ação, essa taxa de quadros é mais que suficiente.
A versão para PC precisa de otimizações urgentes, pois há quedas drásticas de performance, até em situações onde não deveriam ocorrer, como quando entram as telas de transições, que teoricamente seriam mais leves.
Acabei não comparando pra ver o que o Ray Tracing faz, o jogo parece ser curto e quero terminar, para ver o final e completar meu segundo ou terceiro jogo de vários que não passaram de alguns minutos ou horas...
Só terminei o Guitar Hero III no maravilhoso PlayStation 2, considerado por muitos, o melhor videogame de todos os tempos.
O jogo usa a técnica de live-motion consagrada pelo primeiro Mortal Kombat, com a digitalização de pessoas reais para interpretar os personagens, como sempre, isso gera alguns resultados bem estranhos na animação, além de faces sem expressão e falta de sincronia na fala em imagens mais próximas dos personagens, como as longas cenas de transição.
A movimentação do personagem é difícil e há uma quebra grande de continuidade quando é necessário subir, descer e andar sobre uma ponte improvisada, pois é preciso apertar um botão para iniciar a ação.
A visão é em terceira pessoa, mas com a câmera fixa em um ponto; o que gera muitos problemas, principalmente quando muda de tela, já que isso ocorre quando está andando e muitas vezes eles posicionam a câmera num sentido diferente do que está indo.
É difícil visualizar as portas e passagens em muitas partes, devido a câmera fixa, auxiliado pelo clima escuro e sombrio do jogo.
Um recurso interessante mas que aumenta um pouco a dificuldade é a tela dividida, já que as ações ocorrem simultaneamente nas duas partes e às vezes é preciso interagir em uma ou outra, o pior é que faz um estrago na performance e as taxas de quadros caem bastante.
Algumas técnicas interessantes de animação pesam bastante no processamento, como em uma corrida que a imagem alterna entre o mundo real e o espiritual por vezes seguidas.
Talvez nem seja devido ao processamento, mas devido a velocidade de carga das texturas do armazenamento, já que o Xbox Series S quase não apresentou quedas drásticas de performance.
Os quebra cabeças são um tanto confusos, pois o jogo é basicamente um aponte e clique, mas alguns desses pontos tem que ser visitados mais de uma vez para completar a sequencia, além de outros que ficam escondidos e tem que ser encontrados com o poder da médium.
Como pode ser visto nos vídeos, sou um jogador bem ruim e fico rodando sem encontrar o que tem que ser feito para continuar.
Às vezes basta correr, mas até entender isso, são várias vidas e a agonia da tela de carregamento da fase.
O I5 está com o jogo instalado no SSD NVME de 1 TB e no I7 num HD SATA de 2 TB, o antigo Barracuda da Seagate.
Não senti diferenças sensíveis no carregamento, principalmente nos mais irritantes que são nas minhas vidas perdidas seguidamente.

Intel Core I5 9400F e RTX 2060

Intel Core I7 7700 e RTX 3060 TI

Ia gravar alguns minutos para mostrar o envolvimento de jogar numa tela de 100" e som multicanal, mas me interessei no desenrolar da trama e o vídeo gravou até o celular desligar devido ao calor da tarde no Centro Oeste Paulista.


Transmiti a maior parte da jogatina no YouTube e Twitch, acabei limitando a FULL HD e sem HDR para uma maior compatibilidade.
Outra característica desse jogo e que não me lembro ser padrão é a sincronização dos saves nas plataformas Xbox e Windows, gostei bastante disso.
Por fim, o jogo é novo, tem seus problemas e seus acertos, mas diverte como um filme um pouco mais interativo e longo, o clima é mais de suspense do que de terror, apesar de alguns sustos serem inevitáveis.
Ah é muito bom receber o jogo no lançamento pelo Game Pass Ultimate, sem custos adicionais.

Devido a raridade da situação pra mim, eis o final do jogo.

Para aqueles que não querem ver o gameplay tão longo ou não tem tempo, fiz um compilado de destaques abaixo.

A primeira parte mostra o jogo no Xbox Series S e na segunda, a performance no Windows, com o Ray Tracing ativo.

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