PC Gamer em 3 gerações da Intel

    Em junho de 2015 montei meu primeiro PC Gamer, nesse tempo fiz várias outras configurações e restaram alguns poucos componentes, uma das melhores placas-mãe que já tive, a Asus Strix Z270E e outros todos da Corsair: 

    - gabinete Carbide 270R

    - watercooler Hidrocooler H55

    - par de memórias Vengeance DDR4 8 GB 3000 MHz led RED

    Depois de muitas idas e vindas, compras e vendas, a segunda máquina que vou citar é por ser a outra com um processador desbloqueado da Intel, o 9600K.

    Essa ainda está comigo, agora com a GTX 1650 de 4 GB.

    Por fim, a última é a minha máquina atual, onde desisti da linha K, por não usar overclock de forma alguma. 

    Vamos as configurações em formato de tabela:

Processadores

    A Intel domina o mercado desde o começo, passando pelos modelos conhecidos por 286, 386, 486, Pentium e finalmente os Core.

    Vou mencionar apenas a linha CORE, lembrando que há outras da marca, como o Celeron (baixo custo) e Xeon (servidores).

    Apesar de manter o nome, houve várias mudanças a partir da sexta geração, denominada Kaby Lake.

    O nome dos modelos passou a ter 4 números e opcionalmente uma letra no final, indicando alguma característica especial.

    Por exemplo:

    - F = sem vídeo onboard (numa tentativa de baratear para concorrer com o sucesso crescente dos Ryzen da AMD)

    - K = sem bloqueio no multiplicador de frequência, permitindo o overclock oficialmente.

    - U = baixo consumo

    - X = alta performance

    O soquete passou a ser o LGA 1151, numa relação direta com a quantidade de pinos possíveis no processador.

    Esse foi usado por 4 linhas do Core, as iniciadas com 6, 7, 8 e 9, porém as 2 últimas tiveram uma pequena modificação que impossibilita o uso das placas-mãe com a primeira geração e foi lançada uma revisão com o mesmo padrão visual e quantidade de pinos.

    A marca foi muito criticada por isso, mas o avanço da tecnologia justifica tudo e acabaram mudando o soquete novamente para a geração 10 e 11, que passou a usar o LGA 1200.

    A Intel remodelou o chipset na sexta geração dos Core e passou a usar 3 digitos pra identificação numérica, o 1xx foi lançado junto com o processador 6xxx , o 2xx com o 7xxx... 

    Exemplificando, o meu Z270 é compatível com o 7600K, mas também seria com o 6600K ou outros modelos dessas 2 gerações, mas não é compatível com um 8600K ou 9600K, que já são da próxima geração, a Coffee Lake que pelo menos, teve apenas uma geração de chipset, a 3xx.

    Mas a prática voltou e a décima geração do Core veio com o 4xx, e a décima primeira, a 5xx, felizmente compatíveis entre si.

    Apenas para ter uma ideia da evolução da capacidade de processamento, executei o teste do CPU-Z que tem o I5 7600K na sua base de dados, já que não tenho mais essa máquina.

    O 9600K mostrou uma boa diferença tanto em um quanto em vários núcleos.

    A diferença de um núcleo não parece tão significativa no 11400, 11,3 pontos ou 2,35%.

    Já com todos os núcleos, mais que dobrou, com 105,63%!

    O I5 7600K tem 4 núcleos a 3,8 GHz, o 9600K subiu pra 6 núcleos mas a 3,7 GHz, enquanto o I5 11400 tem 6/12 núcleos a 2,6 GHz, voltando a usar o Multithreading.

    Os processadores da série K tem um TDP maior, assim o 7600K tem 91W, o 9600K sobe pra  95W contra os 65W tradicionais dos Intel Core I5.

    Isso representa maior consumo de energia e também, aquecimento.

Memórias

    A tecnologia das memórias manteve-se nesse período todo, mas a geração DDR4 está por findar.

    Notadamente, o que mudou da 6ª até a 11ª geração foi o clock da memória, mas de forma conservadora a Intel manteve o suporte oficial em números inferiores ao que a tecnologia oferecia.

    Assim, subiu de 1866 para 2133, 2666 e 3200 Mhz, lembrando que o mercado oferece até 5000 Mhz.

    As memórias gamer são diferenciadas pelo dissipador de calor incluso e com o sucesso dos led, alguns modelos tem alguns no dissipador.

    O barramento PCIe teve algumas versões, 2.0, 3.0 e finalmente a 4.0, mas nesse caso, é difícil perceber a evolução, além de normalmente ser possível usar tecnologias de versões diferentes, limitado aos patamares da versão mais baixa.

    Aliás, foi por isso que montei a máquina atual, o SSD NVME chegou a 4º geração e quis testar na prática, me decepcionando...

    Apesar de nos testes sintéticos ultrapassar a barreira dos 3500 MBps do PCIe 3.0, o sistema operacional ainda limita bastante e não consegui perceber diferença alguma  no uso normal ou com jogos no SSD de 5000 MBps.

Placa de vídeo

    O item que evoluiu significativamente foi a placa de vídeo, que continua sendo o maior gargalo na execução de jogos da última geração.

    Os preços estão absurdos com a pandemia e provavelmente demora muitos meses até conseguirmos alguma redução significativa nos valores.

    Uma RTX 3060 TI que paguei R$ 4.000,00 em Dezembro de 2020, no seu lançamento, chegou a mais que dobrar de valor e hoje está acima dos R$ 6.000,00.

    Comprei na época para gerar conteúdo pro canal no Youtube, depois resolvi vender a RTX 2060 por R$ 3.000,00 para amenizar a despesa, mas me arrependi amargamente, pois agora não é possível encontrá-la por menos de R$ 3.500,00.

    E assim, meu primeiro PC gamer de R$ 5.000,00 não paga nem uma placa de vídeo atualmente.

    Ah sim, para os gamers, isso tornou ainda mais atrativos os videogames da nova geração, se conseguir encontrá-los a venda...