Amazon Echo

 

Review – Amazon Echo e Alexa

A caixa de som inteligente da Amazon chegou em casa há algumas semanas e gostaria de compartilhar algumas experiências.

Pra começar, escolhi a Alexa porque é a única vendida oficialmente no país, lembrando que as gigantes Google e Apple tem suas soluções próprias. O assistente do Google funciona pelo smartphone e podemos dizer que as funcionalidades são quase as mesmas. A Siri da Apple também funciona no iPhone e acredito que seja semelhante à solução para Android, logicamente com um preço maior e compatibilidade reduzida ou selecionada. Além disso, todas as soluções precisam de um aplicativo no celular para configuração.

Mas então pra que comprar um dispositivo “dedicado”? Primeiro, porque é uma caixa de som bluetooth que se conecta a qualquer aparelho com essa conexão. Liguei no computador, televisão, celular, mas infelizmente os videogames não são compatíveis (PS4 e Xbox).

Comprei a Echo normal, pois fiquei com receio da Echo Dot não ter um som agradável depois das experiencias frustradas com a JBL. Ao receber o pacote da Amazon, duas surpresas: a caixa de som era bem menor do que eu imaginava, mas também bem mais pesada. Ligando, outra surpresa: o som é realmente inesperado, principalmente no peso dos graves e volume sem distorções.

Testei com o Amazon Music, que é o serviço padrão, e o Spotify, ambos funcionando muito bem. Melhora bastante o som da TV e acabou ficando junto ao computador, para uso corriqueiro, já que tenho um par de caixas de som amplificadas de alta qualidade para ouvir música ou assistir algo com mais dedicação.

Vi que muitos compradores gostam de conversar com a Alexa, mas como não sou de falar sozinho. Acabei não explorando essa faceta. Além de tocar música, é possível ouvir notícias, previsão do tempo, consultar a hora, ouvir piadas, imitações e outras tolices da Alexa, além de alguns jogos, como o Show do Milhão do Silvio Santos. A expansão dos serviços é constante e sempre aparece alguma novidade.

Novamente, você está pensando que eu poderia fazer isso com o smartphone e uma caixa bluetooth padrão ou mesmo ouvindo no próprio celular. Como a casa inteligente sempre me atraiu, pesquisei um pouco sobre o que poderia ser controlado pela Alexa, que na maioria é compatível com a Google, e encontrei vários itens. Resolvi começar com os mais simples e que pensei serem úteis pra conhecer a tecnologia: os interruptores de lâmpadas e os de tomada.

Tentei fazer a instalação sozinho, mas já no primeiro interruptor de luz a vaca foi pro brejo. A ligação padrão da minha residência leva apenas o fio positivo de energia para a caixa onde fica o interruptor (o fio do neutro fica na laje). O dispositivo eletrônico, que tem um receptor de rede sem fio, obviamente precisa dos dois fios para funcionar.

Desisti do primeiro ponto, que era na cozinha, e fui olhar nos quartos, pois neles havia uma tomada na mesma direção do interruptor, o que indica que os fios, pelo menos passariam, pela caixa do interruptor. Dito e feito! Descasquei um pedaço do fio neutro da tomada e consegui fazer o dispositivo funcionar.

O dispositivo é configurado por um aplicativo no celular em que é necessário habilitar o serviço na primeira vez. Depois disso, o aplicativo Alexa reconhece os dispositivos configurados e as alterações posteriores, podendo incluir outros, renomear e excluir. A Alexa organiza os dispositivos por ambiente, assim criei e nomeei o primeiro como “quarto” e o interruptor apareceu como 3 dispositivos, um que engloba os dois interruptores e outro para cada um deles, lembrando que comprei um interruptor duplo. Nomeei-os um como “luz da cama” e “luz do guarda-roupa” e o conjunto como “luzes do quarto”. Assim é possível usar comandos de voz como “ligar” ou “acender”, usando qualquer dos nomes do dispositivo ou pelo nome do ambiente.

Coloquei um interruptor numa tomada dupla, onde normalmente coloco aqueles inseticidas elétricos. O inseticida ficava ligado direto ou me esquecia de colocá-lo na tomada. Com a criação de uma tarefa na Alexa, é possível programar a tomada para ligar e desligar em horários específicos. Dessa forma, programei pra acionar o inseticida ao pôr do sol e desligar às 21h. Instalei um interruptor desses no outro quarto e na sala para o mesmo uso.

A Alexa vem com algumas rotinas pré-definidas para responder palavras como Bom dia, Boa noite, etc. Podemos incluir nas rotinas quaisquer ações da Alexa, como responder o cumprimento, dizer a temperatura, horário, previsão do tempo, ler um livro do Kindle, tocar uma música ou lista, ligar o ar-condicionado, apagar as luzes, etc. Para não esquecer nada ligado ao dormir, programei a rotina de “boa noite” para desligar os ambientes. Com a adição de um termostato, poderia programar para ligar o ar-condicionado do quarto de dormir dependendo do clima e regular a temperatura automaticamente.

Caso queira testar a Alexa, o aplicativo para smartphone executa a maioria das funções. Como o assistente do Google está no meu smartphone, pude comparar algumas coisas e há prós e contras para ambos. Reconhecidamente, o Google tem uma capacidade maior de buscar palavras ou responder perguntas. Além disso, foi compatível com meus controles remotos universais da Logitech e os Harmony, que a Alexa só reconhece se mudar a linguagem para inglês – isso deve ser remediado em algum tempo e depende da Logitech ou de algum desenvolvedor independente.

Um amigo applemaniaco tem as “caixinhas” da Apple e da Google, mas quando o visitei, ambas só entendiam e falavam inglês.

Apesar da Inteligência Artificial ainda engatinhar, o reconhecimento de voz já funciona de forma bastante aceitável, sendo os erros percebidos da minha dicção ao falar. Está longe de se parecer com uma conversa, mas já tem muitas utilidades práticas.

Tenho dois controles remotos programáveis da Logitech, mas no Brasil não tem as skills para o Harmony.

Pesquisei um pouco e comprei o Broadcom, que nada mais é que um emissor de infravermelho programável, mas que recebe os comandos pelo aplicativo do smartphone ou da Alexa/Google.

A intenção era instalar no escritório, onde tenho um split da Consul, mas adivinha? Não tem o aparelho na base de dados, como no quarto de dormir tenho um split da Samsung que já tem suporte, ele acabou ficando lá.

Serve pra controlar a TV também e o amplificador de som estéreo, que tive que programar, mas como eram basicamente meia dúzia de teclas, foi mais simples.

Hoje tenho algumas lâmpadas inteligentes LED RGB, uma no criado mudo do quarto de dormir e a outra na mesa de jantar.

Os switches estão em várias tomadas, coloquei interruptores nos dois quartos e duas tomadas que vem com o switch embutido, uma ligo na esteira e a outra está no escritório.

Essa foi interessante pra testar o Xbox Series S, pois mede o consumo de energia e vi que o videogame consome 0,44 KW/h.

Recomendo a aquisição nem que seja para usar como caixinha de som sem fio, pois a qualidade é muito boa.

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